Orientações para os Fóruns Estaduais de Licenciatura em Matemática

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Categoria: Notícias
Data de publicação Escrito por Webmaster

Publicado em: 2010-01-01 00:00:00

Prezado(a) professor(a), dirigente da Regional da SBEM.


        Conforme reunião realizada em Salvador, na qual ficou decidido que São Paulo sediaria o Fórum Nacional da Licenciatura em Matemática – FNLM -  estamos iniciando a sua preparação. A previsão para a realização do IV FNLM é abril de 2011, na cidade de São Paulo. Inicialmente temos uma proposta de realização do Fórum na USP.
Comissão Organizadora
Coordenação
Cármen Lúcia Brancaglion Passos/UFSCar
Nelson Antonio Pirola/UNESP-Bauru
Iole de Freitas Druck/USP

Comissão Executiva
Arlete de Jesus Brito/UNESP-Rio Claro
Miriam Cardoso Utsumi/USP-São Carlos
Maria do Carmo de Souza/UFSCar
Mara Sueli Simão Moraes/UNESP-Bauru
Celi A. S. Lopes/Universidade Cruzeiro do Sul
Vinício de Macedo Santos – USP
Manoel Oriosvaldo de Moura - USP


        Para subsidiar as discussões no IV FNLM encaminhamos um eixo para que os Fóruns Regionais possam discuti-los em seus Fóruns Regionais e elaborar uma síntese dessas reflexões.
Eixo  – Os (des)caminhos da Licenciatura em Matemática no Brasil – Nesse eixo espera-se que os Fóruns Regionais possam discutir as principais políticas públicas instaladas e em fase de instalação em nosso país. Destacamos que seja feita uma análise aprofundada dos Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura da Secretaria de Ensino Superior do MEC. Sugerimos a composição de uma mesa-redonda em que possa haver a participação de professores universitários (que investigam a formação de professores que ensinam Matemática), coordenadores de Curso de Licenciatura em Matemática, e alunos de Licenciatura em Matemática. Esta mesa deve evidenciar a Licenciatura em Matemática que temos e a que queremos. O produto deverá ser um documento que mostre os (des)caminhos da Licenciatura em Matemática no País, além da posição do grupo em relação aos RCN dos cursos de Bacharelado e Licenciatura. Ao se discutir os problemas relacionados à formação do professor de Matemática, certamente aparecerá um velho problema sério: os estágios curriculares supervisionados. Sugerimos que o grupo possa mapear as articulações entre a Prática como Componente Curricular e os Estágios Curriculares supervisionados.

Sugerimos algumas questões que podem subsidiar as discussões:
1-    Quantas Licenciaturas existem no seu Estado? Quantas são públicas e particulares?
Quantas são presenciais e quantas são à distância? Qual a duração dos cursos (em  semestres? Período das aulas?)
2-    Qual a posição do grupo quanto ao perfil do egresso, temas abordados na formação, ambientes de atuação e infraestrutura recomendada para os Cursos de Licenciaturas em Matemática, constantes no RCN para Bacharelados e Licenciaturas? Quais as articulações estabelecidas, pelo documento, entre Licenciatura em Bacharelado? (Ver carta encaminhada pela SBEM ao MEC em 19/08/2010.
3-    Que Licenciatura temos hoje no Estado? Quais são: as dificuldades encontradas; as perspectivas traçadas? Qual é o papel da voz do professor/pesquisador, do aluno, do coordenador no andamento das Licenciaturas?.
4-    Qual é a Licenciatura em Matemática que queremos? Qual deve ser o papel  do professor/pesquisador, do aluno, do coordenador, nos processos de decisão sobre os cursos?.
5-    Como o estágio curricular supervisionado tem se processado nas instituições de ensino (nos cursos presenciais e no EaD)?  Quais os avanços e retrocessos decorrentes da LDB 9.394/96 e dos Pareceres:  CNE/CP 009/2001,Parecer CNE/CP nº 28, de 2 de outubro de 2001 e de suas respectivas Resoluções?
6-    Como estão sendo desenvolvidos os cursos de Licenciatura em Matemática nos Institutos Federais (IF)?

Outras questões poderão ser acrescidas a essas dependendo das demandas de cada região do país. As Diretorias Regionais deverão elaborar um relatório com os principais elementos discutidos em seus Estados as quais subsidiarão o IV FÓRUM NACIONAL DE LICENCIATURAS DE MATEMÁTICA que será realizado no primeiro semestre de 2011.
Inserimos anexo a essas orientações as sínteses dos últimos Fóruns Nacionais de Licenciatura que foram realizados sob Coordenação do GT de Formação de Professores que Ensinam Matemática.

                    01/09/2010
                    Atenciosamente,
          Comissão Organizadora do IV Fórum Nacional de Licenciaturas
Síntese dos dois últimos Fóruns:
        O II Fórum Nacional de Licenciaturas de Matemática ocorreu em 10 e 11/12/2007, na FE/Unicamp, em Campinas/SP. Foi promovido pela SBEM, coordenado pelo Grupo de Trabalho de Formação de Professores que Ensinam Matemática, numa parceria de professores da Faculdade de Educação da Unicamp  com a diretoria da SBEM/SP. O objetivo foi avaliar e debater, com as comunidades acadêmicas, as políticas de implementação dos cursos de Licenciatura em Matemática decorrentes das Diretrizes Curriculares para a Formação do Professor da Educação Básica (Parecer CNE/CP 09/2001) e as Diretrizes Curriculares para o Curso de Matemática (Parecer CNE/CES 1.302/2001). As diretorias regionais promoveram seminários e/ou levantamento sobre as licenciaturas de Matemática em seus estados, a partir de um modelo de questionário para levantamento de informações sobre cursos de matemática encaminhado pela SBEM-SP. Debatemos em mesa redonda “Da Licenciatura que temos para a que queremos: perspectivas das sociedades científicas” que contou com a participação dos presidentes das sociedades científicas: SBEM, SBM, SBMAC, ANFOP e SBPC. Foi feita a Apresentação dos levantamentos sobre os Cursos de Licenciaturas realizados pelas regionais da SBEM em seus estados, com o relato sobre os seminários regionais e/ou os levantamentos realizados pelos representantes de 14 Estados e do Distrito Federal: Minas Gerais; Sergipe; Espírito Santo; Ceará; Rio de Janeiro; Alagoas; Bahia; Santa Catarina; Pará; Distrito Federal; Paraná; Pernambuco; Paraíba; Rio Grande do Sul; São Paulo. Tivemos um momento para apresentação de Pôsteres para socialização e divulgação de inovações e experiências implementadas em diversos cursos de Licenciatura de Matemática, após a reestruturação proposta pelas diretrizes. Ocorreu ainda a mesa Políticas Públicas de Formação de Professores, que contou com a participação do Prof. Dr. Mário Olivero Marques da Silva/UFF, representando o Prof. Dr. Celso José da Costa- MEC/EAD e do Prof. Dr. Prof. César Augusto Minto (FE/USP). Após os debates em grupo e as discussões em plenária, foram observados alguns consensos. Em decorrências foram deliberadas as propostas seguintes.
    Retomada do documento de 2003 produzido pela SBEM para continuidade da discussão;
    Abertura de Fórum de Debates Permanente na página da SBEM;
    Moção para os editais de concurso: Não especificar a área de pós-graduação, mas traçar um perfil do profissional para a vaga;
    O GT de formação de professores organizaria o debate sobre os cursos de licenciaturas entre os membros da SBEM.
Algumas medidas foram tomadas imediatamente após a realização do II Fórum pela presidência da SBEM. Foi agendada reunião com o presidente da SBPC em São José dos Campos e com o Prof. Ronaldo Mota, representante do MEC, em 13 de dezembro de 2007. Na seqüência foi encaminhada uma carta manifestando a nossa preocupação com a resolução ao projeto de resolução CNE/CP nº 9/2007, baseado no Parecer CNE/CP nº 5/2006 - Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Formação de Professores para a Educação Básica, em nível superior. Esta carta encontra-se disponibilizada no site da SBEM e também no jornal de notícias da página do SBPC. Em resposta a ela o Prof. Ronaldo Mota sinalizou que estava aguardando reunião dos Conselheiros do CNE com o Ministro, onde o tema deveria ser tratado.

 O III Fórum Nacional de Licenciaturas de Matemática foi realizado em 24/10/2009 na Universidade Católica de Brasília, em Taguatinga – Distrito Federal. Foi promovido pela SBEM e organizado pelo GT-7 da SBEM - Grupo de Trabalho de Formação de Professores que Ensinam Matemática. Na mesa redonda Cursos de Licenciatura em Matemática nos IFETs discutiu-se os desafios atuais para os formadores de professores de Matemática que atuam nos IFETs. Foram registradas as manifestações seguintes.
    Preocupação com a busca da qualidade de formação nesses centros.
     Necessidade de que nesses institutos também ocorram pesquisas que articulem a Educação Básica e os cursos de formação de professores.
    Articular ensino, pesquisa e extensão.
    Alguns pontos a serem considerados: desafios dos atuais professores dos IFETs para se tornarem professores de cursos de Licenciatura em Matemática, ou seja, formadores de professores; corpo discente: faixa etária maioria entre 31 e 40 anos (estudantes e trabalhadores), oriundos de escola pública noturno, particular – do supletivo; evasão é muito grande (dificuldade com a matemática, ingresso em outra instituição – como cursinho, horário de trabalho); vê-se com bons olhos os cursos de Licenciatura no IFETs, pelas características regionais;
    Preocupação com os cursos de extensão de pós-graduação Stricto Sensu em IFETs que não têm nem tradição em formação de professores.
Na mesa “Cursos de Licenciatura em Matemática EaD” foram discutidos os desafios da formação do professor de Matemática na modalidade EaD, que de certo modo são próximos ao do presencial. Sugeriu-se que, na contratação de professores, sejam priorizados educadores matemáticos; acompanhamento das condições de tutoria (que tenham formação específica para atuar na licenciatura de matemática); acompanhamento da produção do material didático. Destacou-se os problemas com evasão (que também é um problema dos presenciais). Evasão do CEDERJ: dos 250 ingressantes, 13 se formaram. A evasão no presencial é de cerca de 50%, à distância, cerca de 60%. O CEDERJ está consolidado, mas com diversos problemas. Verificou-se que a expansão da EAD pela Universidade Aberta do Brasil se dá por meio de uma diversidade de modelos de EAD. Foi explicado como lidam com o estágio (supervisionado pelos tutores nos pólos). Um ponto frágil foi destacado: falta convívio entre os alunos do curso. Foi externada a preocupação com a expansão dos cursos em IES que não têm preocupação com a formação de professores como vem sendo defendida pelos pesquisadores da área da Educação Matemática.

Na Apresentação de dados sobre as licenciaturas em Matemática no cenário nacional e apresentação das regionais sobre o panorama das licenciaturas pós-reformulação as discussões focalizaram:
•    No levantamento dos cursos de Licenciatura em Matemática regulados pelo Ministério da Educação, no período de 2005 a 2009, apresentado Maria Neusa de Lima Pereira (coordenadora de regulação da SEE/MEC);
•    Na pesquisa realizada e publicada em 2009 por Bernadete Gatti e Marina Muniz Rossa Nunes (Fundação Carlos Chagas) sobre o panorama das licenciaturas de matemática;
•    No panorama dos dados quantitativos relativos aos cursos de licenciatura de Matemática do Estado de São Paulo;
•    No panorama das licenciaturas de Matemática na Bahia;
•    Nas temáticas: os cursos EaD, estágios e cursos vagos;
•    Na redução da oferta dos cursos de licenciatura em Matemática presencial.
Verificou-se que as regiões Sul e Sudeste ainda são as que formam mais professores de matemática  (cerca de 59% e 14%, respectivamente). Contudo, não está tendo a abertura de novos cursos e muitos estão fechando. Levantamento feito por Gatti e Nunes (2009) mostra que em 2006, no que havia no Brasil  631 cursos (73,5 mil alunos), 53,4% (públicas). Não há informação na pesquisa das autoras sobre a abertura de novos cursos ou fechamento de cursos.
Após os debates, foi proposto o desenvolvimento de uma pesquisa sobre as Licenciaturas brasileiras, que seria coordenada e realizada por membros do GT-7 da SBEM - Grupo de Trabalho de Formação de Professores que Ensinam Matemática. Assim, organizou-se, no interior do GT, uma comissão para essa pesquisa, que seria iniciada em 2010 para que os resultados fossem apresentados no IV FÓRUM, antecedendo o X ENEM. Foram designados os seguintes membros  para a Comissão: Cármen Passos (UFSCar) e Adair Nacarato (USF) – coordenadoras; Márcia Cyrino (UEL); Maria Marques de Souza (UFMS/Três Lagoas); Armando Traldi (PUC-SP); Isabel ? (UFES); Ana Cristina Ferreira (UFOP); Nielce Lobo (Uniban); Ricardo Augusto Souza (UFAM); José Ronaldo Melo (UFAC); Marcos Neves  (UESC); Kátia Liége Nunes Gonçalves (UFPA); Mara Sueli Simão Moraes (Unesp-Bauru), Maria Teresa Freitas (UFU), Cátia Maria Vehring (Unijui).
A síntese do fórum e as propostas foram comunicadas na Assembléia Geral da SBEM, durante a realização do IV SIPEM, realizado de 25 a 28 de OUTUBRO de 2009, no DISTRITO FEDERAL - Universidade Católica de Brasília – UCB, Taguatinga.

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