Uma experiência de ensino de frações para o 6º ano do ensino fundamental à luz da Teoria Dos Registros De Representação Semiótica de Duval

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37001/recem.v2i2.3434

Palavras-chave:

Ensino de Frações, Sequência didática, Registros de Representação Semiótica

Resumo

Este artigo apresenta um relato de experiência para o ensino de frações a uma turma do 6º ano do Ensino Fundamental, tendo como base a Teoria de Registros de Representação Semiótica de Duval. Esta experiência foi desenvolvida em uma escola da Rede Estadual de Ensino de Santa Catarina, no intuito de desenvolver o aprendizado das frações. Mediante a descrição das aulas aplicadas, relatam-se aspectos das frações que foram abordados em cada uma delas, relacionando os procedimentos com a teoria escolhida. Para ensinar o conteúdo de frações, advoga-se que é preciso levar em conta os diferentes registros de representação semiótica que apresentam e compreendê-los de forma global e não individualizada. Os pontos de reflexão levantados estão na ordem da explicação dos conceitos, sua relação com a teoria e em alguns exemplos das atividades aplicadas, que se mostraram eficientes para o desenvolvimento da aprendizagem das frações. As análises obtidas durante o relato da sequência didática expõem as potencialidades que a teoria de Duval (1995) oferece para o ensino de matemática, de modo que a presente proposta alcançou o objetivo: apresentar uma sequência didática para ensinar frações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Sabel, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando em Educação Científica e Tecnológica (2021-2025) pelo PPGECT/UFSC, Mestre pelo mesmo programa e instituição e Graduado em Licenciatura em Matemática pela UFSC. Lecionou em escolas da Secretaria do Estado da Educação (SED/SC), entre 2015 e 2021. É membro do Grupo de Pesquisa em Epistemologia e Ensino de Matemática (GPEEM) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Processos Formativos em Educação Matemática (GEPPROFEM).  Atualmente, trabalha como Especialista de Ensino III em Matemática no SENAI/SC. Pesquisa na área de ensino e aprendizagem da matemática, com foco em materiais manipulativos e análise de livros didáticos. Tem como base teórica os Registros de Representação Semiótica de Duval e o Enfoque Ontossemiótico de Godino e colaboradores.

Cintia Rosa da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

É professora Adjunto C-3 da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e membro suplente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática - Regional de Santa Catarina. Possui doutorado em Educação Matemática (2013) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP, com dois estágios no exterior, um na Universidade de Londres com a Profª. Dra. Candia Morgan e outro na Universidade Montesquieu Bordeaux IV (Pau Pyrennes) com a Profª. Dra. Isabelle Bloch. Possui Mestrado em Ciências da Linguagem (2009), especialização em Educação Matemática (2008) e Licenciatura em Matemática (2005) pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL.Foi professora temporária do Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC. Foi tutora do curso de Licenciatura em Matemática, modalidade a distância, da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, professora efetiva da Escola de Educação Básica Professor Custódio Floriano de Córdova e professora de Cálculo Numérico do curso de Engenharia Cerâmica do Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE. Tem experiência na área de Ensino da Matemática. Faz pesquisa em Semiótica na Matemática e em seu Processo de Ensino e Aprendizagem. Está vinculada aos grupos de pesquisa do cnpq intitulados "Processo de Ensino-aprendizagem da Matemática na Escola Básica - PUC/SP" e "GEPECEMAT- Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências e Matemática da UFSC-Blumenau.

Referências

BERTONI, N. E. A Construção do Conhecimento sobre Número Fracionário. Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, v. 21, n. 31, p. 209-237, 2008.

BOCALON, Z. G. O erro na aprendizagem de frações no Ensino Fundamental: concepções docentes. Dissertação de Mestrado em Educação. Pontifícia Universidade Católica, Curitiba, 2008.

BRASIL. Parâmetros curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.

CAVALIERI, L. O Ensino das Frações. Monografia da especialização em Ensino de Matemática. Universidade Paranaense, Umuarama, 2005.

D’AMBROSIO, U. História da Matemática e Educação. In. História e Educação Matemática. Campinas: Papirus, 1996, p. 7-17. Cadernos CEDES 40.

DUVAL, R. Sémiosis et pensée humaine: registres sémiotiques et apprentissages intellectuels. Berne: Peter Lang, 1995.

DUVAL, R. Registros de representação semiótica e funcionamento cognitivo da compreensão em matemática. In. Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. Campinas: Papirus, 2003, p. 21.

DUVAL, R. Semiosis y pensamiento humano: registros semióticos y aprendizajes intelectuales. Santiago de Cali: Peter Lang, 2004.

DUVAL, R. Semiósis e pensamento humano: registros semióticos e aprendizagens intelectuais. São Paulo: Livraria da Física, 2009.

DUVAL, R. Ver e ensinar a matemática de outra forma: entrar no modo matemático de pensar: os registros de representações semióticas. São Paulo: PROEM, 2011.

DUVAL, R. Abordagem cognitiva de problemas de geometria em termos de congruência. Revemat, Florianópolis, v. 7, n. 1, 2012.

HILLESHEIM, S.; MORETTI, M. Alguns aspectos da noção da congruência semântica presentes no ensino dos números inteiros relativos. Revista Espaço Pedagógico, v. 20, n. 1, 2013.

LUDKE, M.; ANDRÉ, M. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2013.

NÓBRIGA, J. C. C. Aprendendo Geometria Plana com a Plataforma GeoGebra. Blumenau: Livre, 2017.

SABEL, Eduardo. O papel das funções discursivas na análise da produção de alunos na resolução de problemas.

Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, UFSC, Florianópolis, 2021.

SABEL, Eduardo. Sequência didática: uma organização do conteúdo na perspectiva das teorias de registro de representação semiótica e aprendizagem significativa para a compreensão das frações. Monografia de Conclusão de Curso, UFSC, 2018.

SABEL, E; SILVEIRA, E. Representações auxiliares na aprendizagem matemática: o caso dos materiais manipulativos no ensino do sistema de numeração decimal. Revemat, Florianópolis, v. 18, n. 1, 2023. DOI: https://doi.org/10.5007/1981-1322.2023.e93906

SILVA, F. A. F. Graus de não congruência semântica nas conversões entre os registros geométrico bidimensional e simbólico fracionário dos números racionais. Tese de Doutorado em Ensino das Ciências. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2018.

SILVA, M. J. F. Sobre a introdução do conceito de números fracionário. Dissertação de Mestrado em Educação. Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 1997.

SILVA, M. J. F. Investigando saberes de professores do Ensino Fundamental com enfoque em números fracionários para a quinta série. Tese de Doutorado em Educação. Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2005.

ZABALA, A. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Publicado

2023-10-09

Como Citar

SABEL, E.; SILVA, C. R. DA . Uma experiência de ensino de frações para o 6º ano do ensino fundamental à luz da Teoria Dos Registros De Representação Semiótica de Duval. Revista Catarinense de Educação Matemática, v. 2, n. 2, p. 1-21, 9 out. 2023.

Edição

Seção

Relatos de Experiência