Reflexões sobre o Currículo Referência do Estado de Goiás: compreendendo a abordagem da Estatística no Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.37001/ripem.v12i1.2846Palabras clave:
Currículo, Educação Estatística, Estatística, Ensino Médio, PlanejamentoResumen
Compreender informações de forma crítica e autônoma é necessário para a vivência em sociedade. Nesse sentido, as informações, muitas vezes, são representadas estatisticamente e para seu entendimento é necessária a compreensão de conceitos da Estatística, que são trabalhados no ambiente escolar. Este artigo tem como objetivo investigar o que prevê o Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás e a sua articulação com o planejamento escolar da Estatística e seus conceitos básicos, para o trabalho em sala de aula no Ensino Médio, considerando a forma como as três competências da Educação Estatística são elencadas. Em uma abordagem qualitativa, os dados foram coletados por meio de observações de aulas de três professores e dos documentos, que foram examinados seguindo a técnica de Análise de Conteúdo. Foi possível concluir, por meio das análises, que o currículo do estado de Goiás está pautado na racionalidade técnica, nos moldes de um currículo prescrito e empacotado, distante de uma perspectiva crítica de aprendizagem. As expectativas de aprendizagem, constantes do documento, referentes à Estatística, nos levam a um entendimento contextualizado e crítico dos conteúdos, desde que as concepções de Educação Estatística e seus enfoques venham a ser trabalhados em sala de aula.
Descargas
Citas
Adorno, T. W. (2006). Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Andrade, M. M. (2008). Ensino e aprendizagem de EstatÃstica por meio da modelagem matemática: uma investigação com o ensino médio. Dissertação de Mestrado em Educação Matemática Rio Claro: Universidade Estadual Paulista, 196 f.
Apple, M. W. (1989). Educação e Poder. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Batanero, C., & Godino, J. (2005). Perspectivas de la educación estadÃstica como área de investigación. In R. Luego (Ed.). LÃneas de investigación en Didáctica de las Matemáticas. (p. 203-226). Badajoz: Universidad de Extremadura.
Brasil (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Brasil. (2002). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN + Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. BrasÃlia: MEC/Semtec.
Brasil. (2006). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. BrasÃlia: MEC/Secretaria de Educação Básica.
Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular: Ensino Fundamental. BrasÃlia: MEC/Secretaria de Educação Básica.
Brasil. (2018). Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. BrasÃlia: MEC/Secretaria de Educação Básica.
Campos, C. R. (2007). A Educação EstatÃstica: uma investigação acerca dos aspectos relevantes à didática da estatÃstica em cursos de graduação. Tese de Doutorado em Educação Matemática. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista, 242 f.
Campos, C. R., Wodewotzki, M. L. L., & Jacobini, O. (2013). Educação EstatÃstica: teoria e prática em ambientes de modelagem matemática. Belo Horizonte: Autêntica.
Cazorla, I. M., Kataoka, V. Y., & Silva, C. B. (2010). Trajetória e Perspectivas da Educação EstatÃstica no Brasil: um olhar a partir do GT-12. In C. E. A. Lopes, C. Q. S. Coutinho & S. A. Almouloud (Orgs.). Estudos e Reflexões em Educação EstatÃstica. (pp. 19-44). Campinas: Mercado das Letras.
Esteves, M. (2015). Professores: profissionalidade(s) a desenvolver. In: J. C. Morgado et al. (Org.). CurrÃculo, internacionalização e cosmopolitismo: desafios contemporâneos. Santo Tirso: De Facto.
Garfield, J. B. (2002). The challenge of developing statistical reasoning. Journal of Statistics Education, 10(3).
Giroux, H. A. (1997). Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crÃtica. Porto Alegre: Artes Médicas.
Goiás, S. E. E. (2012). CurrÃculo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás: Versão Experimental. Goiás: SEDUC.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2003). Fundamentos de metodologia cientÃfica. 5 ed. São Paulo: Atlas.
Lopes, C. E. (2008, jan./abr.). O ensino da estatÃstica e da probabilidade na educação básica e a formação dos professores. Cad. Cedes, 28(74), 57-73.
Lopes, C. E., & Carvalho, C. (2005). Literacia EstatÃstica na Educação Básica. In: A. Nacarato & C. E. Lopes (Orgs.). Leituras e escritas na Educação Matemática. (pp. 77-92). Belo Horizonte: Autêntica.
Lopes, C. E., Coutinho, C. Q. S., & Almouloud, S. A. (2010). Estudos e reflexões em Educação EstatÃstica. Mercado das Letras: Campinas.
Magalhães, M. (2015). Desafios do ensino de EstatÃstica na licenciatura em Matemática. In: S. P. SAMà & M. P. M. SILVA (Orgs.). Educação EstatÃstica: Ações e estratégias pedagógicas no Ensino Básico e Superior. (pp. 41-54). Curitiba: CRV.
Mallows, C. (1998, mar.). The zeroth problem. Journal The American Statistician, 52, 1-9.
Minayo, M. C. S. (Org.). (2001). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes.
Moreira, A. F. B. (1989, set./nov.). A contribuição de Michael Apple para o desenvolvimento de uma teoria curricular crÃtica no Brasil. Fórum educacional, 13(4), 17-30.
Moreira, H., & Caleffe, L. G. (2006). Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. Rio de Janeiro: DP&A.
Moreira, A. F. B., & Silva, T. T. (2005). Sociologia e teoria crÃtica do currÃculo: uma introdução. In: A. F. B. Moreira & T. T. Silva. (Org.). CurrÃculo, Cultura e Sociedade. (pp. 07-37). São Paulo: Cortez.
Oliveira, A. F. (2019). Práticas pedagógicas no Ensino Médio: por uma EstatÃstica crÃtica e contextualizada. 2019. Dissertação de Mestrado em Educação em Ciências e Matemática. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 242 f.
Pagan, A., Leite, A. P., & Perleto, R. A. (2010). A evolução temporal, social e educacional da EstatÃstica. In: Sociedade Brasileira de Educação Matemática. Anais de comunicações cientÃficas, X Encontro Nacional de Educação Matemática – Educação Matemática, Cultura e Diversidade. Salvador, Brasil: SBEM.
Sacristán, J. G. (2000). O currÃculo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: ArtMed.
Silva, T. T. (2001). Documentos de identidade: uma introdução à s teorias de currÃculo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.