Pode mexer ou é para enfeitar a sala? Utilização de material manipulável para ensino de Geometria nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37001/ripem.v12i3.2984

Palavras-chave:

Geometria, Educação Infantil, Material Manipulável, Formação Continuada

Resumo

As conversas entre os professores, participantes do curso - Visualização em Geometria nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental - promovido pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática em 2021, despertaram a atenção a respeito do uso de material concreto nas escolas. Algumas escolas não possuem material disponível e em outras esses materiais são subutilizados ou não são empregados nas práticas de sala de aula por conta de os professores não saberem como utilizar. Neste artigo abordamos algumas possibilidades e colocamos a disposição referências de professores que adotam essa prática em suas experiências profissionais. A visualização é uma habilidade que precisa ser desenvolvida desde as séries iniciais do Ensino Fundamental, para tanto, se inicia com a manipulação de materiais concretos pela observação e percepção o que favorece a criação de memórias que ativam a imaginação. A visualização não é de aplicação exclusiva da Matemática, mas confere ao ser humano a capacidade de integrar conhecimentos escolares e a vivência fora da vida escolar. Explorar os materiais manipuláveis associando-os aos tópicos de Geometria, não apenas pelo estudo da disciplina em si, mas explorando os conceitos geométricos, observando a aplicação desses conceitos e identificando-os nas diversas situações presentes no dia a dia. Isso é fundamental para a construção do processo de visualização dos estudantes desde os anos iniciais do Ensino Fundamental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bastos, R. (1999). Geometria no currículo e pensamento matemático. In: Revista Educação e Matemática. n°55, (pp.1-2).

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2016.

Dias, M. Â. & Borba, A. (2021). GEGRADI conversa com Maria Angela Dias sobre a educação do olhar [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=vjxbdHQCZQU

Fassio, S. A. O. (2011). Da cartolina ao computador: uma proposta para o estudo de Geometria. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Gatti, B. A. (2010). Formação de Professores no Brasil: características e problemas. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, (pp. 1355-1379), out./dez.

Gouveia, C. A. A. & Miskulin, R. G. S. (2012). Dimensões dos Processos de visualização e de representação de uma Atividade Exploratório-Investigativa em Cálculo Diferencial e Integral: Uma Análise Semiótica por meio de Obras Artísticas. Revista Saber Digital, v. 5, n. 01, (pp. 91-107).

Gutierrez, A. (1991). Procesos y habilidades en visualización espacial. In: Memorias del 3er Congreso Internacional sobre Investigación Matemática: Geometría. (pp. 44-59).

Kaleff, A. M. M. R. (2008) Novas tecnologias no ensino da matemática: tópicos em ensino de geometria. Universidade Aberta do Brasil – UAB, Rio de Janeiro.

Kaleff, A. M. M. R. (2006). Do fazer concreto ao desenho em geometria. In S. Lorenzato (Org.), O Laboratório de ensino de matemática na formação de professores (pp. 113–134). Autores Associados.

Kaleff, A. M. M. R. (1998). Vendo e entendendo Poliedros: do desenho ao cálculo do volume através de quebra-cabeças geométricos e outros materiais concretos. Niterói: EdUFF.

Lemos, W. G. & Bairral, M. A. (2010). Poliedros estrelados no currículo do Ensino Médio. Série InovaComTic, vol. 2. Rio de Janeiro: Edur, 2010.

Lorenzato, S. (2015). Como aprendemos e ensinamos Geometria. In S. Lorenzato (Org.), Aprender e Ensinar Geometria (pp. 11–34). Mercado de Letras.

Lorenzato, S. (2006). Laboratório de ensino de matemática e materiais didáticos manipuláveis. In S. Lorenzato (Org.), O Laboratório de ensino de matemática na formação de professores (pp. 03–37). Autores Associados.

Lorenzato, S. (1995). Por que não ensinar Geometria? In: Educação Matemática em Revista, Florianópolis (SC), SBEM, vol. 4, 1995, (pp. 3-13).

Paulo, R. M. (2010). O significado dos diagramas na produção do conhecimento geométrico. In: Filosofia da Educação Matemática: fenomenologia, concepções, possibilidades didático-pedagógicas. São Paulo: Editora UNESP, 2010

Settimy, T. F. O. (2018). Visualização em sala de aula utilizando recursos didáticos variados. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares). Instituto de Educação / Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. 2018. 128 p.

Zimmermann, W.& Cunningham, S. (1991). Editor’s Introduction: What is mathematical visualization? In: Zimmermann, W.& Cunningham, S. (Orgs). Visualization in Teaching and Learning Mathematics (pp 1-7). Washington: MAA.

ª Bienal de São Paulo. (2021). Faz escuro mas eu canto: catálogo / Elvira Dyangani Ose (editora convidada, em associação com The Showroom, Londres); [curadoria Jacopo Crivelli Visconti, Paulo Miyada, Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi, Ruth Estévez] -- São Paulo: Bienal de São Paulo, 2021.

Publicado

2022-05-01

Como Citar

OLIVEIRA, G. W. B. DE .; IZAR, S. B. .; SETTIMY, T. F. DE O. . Pode mexer ou é para enfeitar a sala? Utilização de material manipulável para ensino de Geometria nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, v. 12, n. 3, p. 73-90, 1 maio 2022.

Edição

Seção

Artigos