Ações de insubordinação criativa reveladas na narrativa autobiográfica de uma professora de Matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37001/ripem.v9i3.2225

Palavras-chave:

Educação Matemática, Insubordinação Criativa, Pesquisa Biográfica, Narrativas Autobiográficas, Entrevista Narrativa

Resumo

Este estudo revela algumas ações de insubordinação criativa a partir da narrativa autobiográfica de uma professora de Matemática que atua nos anos finais do Ensino Fundamental. O objetivo é identificar e analisar ações de insubordinação criativa inseridas na prática docente e as estruturas contextuais em que se manifestam. Neste texto, será apresentada parte da análise da narrativa da professora Alice, pertencente a um grupo de 12 professores entrevistados, a qual conduziu a fundamentação deste estudo, proporcionando, a partir de sua voz e perspectivas, novas reflexões acerca da prática docente. Fundamentada na proposta desenvolvida por Fritz Schütze, a análise parcial dos dados apresenta indícios de como se desenvolvem as ações de insubordinação criativa de Alice, seu perfil docente, os fatores que influenciaram suas ações e a estrutura do contexto em que se apresentaram. As ações de Alice tinham o propósito de favorecer seus alunos no que tange à aprendizagem de matemática e também a questões de relevância social. Meio a um contexto educacional acomodado às limitações do sistema, suas ações foram motivadas pela figura de um seu professor e de suas crenças e concepções sobre as reais necessidades do seu aluno, concretizando um sólido movimento em prol de um ensino de matemática mais igualitário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bertaux, D. (2010). Narrativas de vida: a pesquisa e seus métodos. Natal, UFRN: EDUFRN; São Paulo: Paulus.

Bolívar, A., Domingo, J., & Fernández, M. (1998). La investigación biográfico-narrativa en educación. Guía para indagar en el campo (2a ed., Serie Materiales Auxiliares de Clase/Investigación). Grupo FORCE y Universidad de Granada, y Grupo Editorial Universitario.

Brasil (2002). Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências.

Brasil (2013). Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica. Conselho Nacional da Educação. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; DICEI.

Crowson, R. L. (1989). Managerial ethics in educational administration. The rational choice approach. Urban Education, 23(4), 412-435.

D’Ambrosio, B. S. & Lopes, C. E. (Orgs.) (2014). Trajetórias profissionais de educadoras matemáticas. Campinas, SP: Mercado de Letras.

D'Ambrosio, B. S. & Lopes, C. E. (2015). Insubordinação criativa: um convite à reinvenção do educador matemático. Bolema, 29(51), 1-17.

Fundação Lemann - QEdu (2017). Taxa de rendimento 2017. Recuperado em 17 de abril de 2019, de https://www.qedu.org.br.

Fundação Victor Civita (FVC). (2012). Estudos & Pesquisas Educacionais, n. 3. São Paulo.

Gadotti, M. (2008). Prefácio. Concepção dialética da avaliação. In P. Demo, Avaliação qualitativa. Campinas: Autores Associados.

Gutierrez, R. (2013). Mathematics teachers using creative insubordination to advocate for student understanding and robust mathematical identities. In M. Martinez, & A. Castro Superfine (Eds.), Proceedings of the 35th annual meeting of the North American Chapter of the Inter-national Group for the Psychology of Mathematics Education (pp.1.248-1.251).Chicago, IL: University of Illinois at Chicago.

Gutierrez, R. (2015). Risky business: Mathematics teachers using creative insubordination. In Proceedings of the Annual Conference of Psychology of Mathematics Education North America. Lansing, MI.

Gutierrez, R. (2016). Strategies for creative insubordination in mathematics teaching. Mathematics Education: Through the Lens of Social Justice, 7(1), 52-60.

Hargreaves, A. (1994). Os professores em tempo de mudança: o trabalho e a cultura dos professores na Idade pós-moderna. Portugal: McGraw-Hill.

Haynes, E. & Licata, J. W. (1995).Creative insubordination of school principals and the legitimacy of the justifiable. Journal of Educational Administration, 33(4), 21-35.

Hutchison, S. A. (1990, Primavera). Responsible subversion: A study of rule-bending among nurses. Scholarly Inquiry for Nursing Practice An International Journal, 4(1), 3-17.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). (2017). Censo Escolar 2017.

Keedy, J. L. (1992). Creative insubordination: Autonomy for school improvement by successful high school principals. The High School Journal – University of North Carolina Press, 76(1), 17-23.

Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

Morris, V. C. et al. (1981). The urban principal. Discretionary decision-making in a large educational organization.

Passeggi, M. C., Souza, E. C., & Vicentini, P. P. (2011). Entre a vida e a formação: pesquisa (auto) biográfica, docência e profissionalização. Educação em Revista, 27(1), 369-386.

Pineau, G., & Le Grand, J. L. (2012). As histórias de vida. Natal: EDUFRN.

Rabelo, E. H. (1998). Avaliação. Novos tempos, novas práticas (5a ed.). Petrópolis: Vozes.

Resolução CNE/CEB n. 2, de 11 de setembro de 2001. Diretrizes

Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. (2001).

Resolução CNE/CP n. 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

Roche, K. (1999). Moral and ethical dilemas in Catholic school settings. In P. T. Begley (Ed.). Values and educational leadership (pp. 255-272). Albany, NY: SUNY Press.

Schütze, F. (2007). Biographical counselling in rehabilitative vocational training. Part 1 [Module B.2.1]. Biography analysis on the empirical base of autobiographical narratives - how toanalyse autobiographical narratives interviews. Magdeburgo: Univ., insges. p. 1-64.

Schütze, F. (2011). Pesquisa biográfica e entrevista narrativa. In W. Weller, & N. Pfaff, Metodologias da pesquisa qualitativa em educação (2a ed., pp. 210-222). Petrópolis, RJ: Vozes.

Publicado

2019-09-01

Como Citar

SANTOS, P. C.; LOPES, C. E. Ações de insubordinação criativa reveladas na narrativa autobiográfica de uma professora de Matemática. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, v. 9, n. 3, p. 97-113, 1 set. 2019.

Edição

Seção

Artigos