Utopias e ensino de Matemática: uma história
DOI:
https://doi.org/10.37001/ripem.v10i2.2168Palavras-chave:
História, Educação Matemática, UtopiasResumo
A discussão sobre os potenciais da Literatura para a História não é recente. A ampliação de tipos de fontes que podem se configurar em documentos históricos e a problematização sobre a existência de textos “verdadeiros”, “sem intenções ideológicas” que supostamente indicariam, de maneira transparente, o que teria ocorrido no passado, favoreceu a percepção, por parte dos historiadores, sobre a fecundidade de textos literários para a escrita de interpretações históricas. Segundo Ginzburg (2007), tais textos trazem rastros e fornecem indícios do passado tanto quanto qualquer outro. Diversos trabalhos em História da Educação Matemática também têm recorrido à Literatura (BRITO, 2011; BRITO, RIBEIRO, 2013; MONTOITO, 2013; OLIVEIRA, 2015). Assim, no artigo aqui proposto, abordaremos, entre outros documentos, utopias elaboradas entre fins de século XVI e início do XVII, com o intuito de analisar as propostas de ensino de matemática que emergiram no começo da Idade Moderna. Temos por pressuposto que tais propostas colaboraram para configurar discursos sobre matemática e sobre seu ensino ainda manifestos na atualidade. A escrita desse artigo utiliza alguns elementos literários.
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