Decolonialidade e Educação Matemática: uma interlocução possível na formação de professores?
DOI:
https://doi.org/10.37001/emr.v29i83.3693Palavras-chave:
Ensino de Matemática, Colonialidade, Decolonialidade, Giros decoloniais, Formação de professores que ensinam MatemáticaResumo
Este ensaio surge da necessidade de convidar professores que ensinam Matemática a se introduzirem nas discussões e reflexões sobre uma opção decolonial na Educação Matemática. Nesse sentido, o objetivo é apresentar alguns aspectos de uma interlocução entre a perspectiva da decolonialidade e a Educação Matemática enquanto um projeto acadêmico-político emergente na formação de professores que ensinam Matemática. Para tanto, organiza-se a argumentação em três eixos: decolonialidade, Educação Matemática na perspectiva decolonial e possíveis giros decoloniais em Educação Matemática. As duas primeiras partes do debate se alicerçam em um movimento biunívoco entre decolonialidade e Educação Matemática, convocando à reflexão sobre caminhos possíveis para superar as práticas coloniais eurocêntricas hegemônicas no ensino e na aprendizagem de Matemática. Por conseguinte, na terceira parte, dialoga-se com os resultados de projetos de pesquisa e extensão, a fim de ilustrar possíveis caminhos de insurgências para a efetivação de uma Educação Matemática Decolonial. Em suma, argumenta-se que olhar para as dimensões estruturantes da decolonialidade (poder, ser, saber e natureza) pode auxiliar no anseio de perspectivas outras de produzir conhecimentos científicos, em particular matemáticos.
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