Uma análise da influência kantiana na aceitação das geometrias não-euclidianas
DOI:
https://doi.org/10.37001/emr.v28i80.3554Palavras-chave:
Geometrias não-euclidianas, Filosofia, Kant, História da Matemática, Geometria euclidianaResumo
O presente artigo, de cunho bibliográfico, procura analisar as influências da filosofia Kantiana na aceitação das Geometrias não-euclidianas. Registros históricos indicam que até meados do século XIX, a Geometria Euclidiana era considerada a única geometria possível. Foi então que apareceram as Geometrias não-euclidianas. Tais geometrias não foram aceitas com facilidade pela comunidade matemática e ficaram no campo obscuro da matemática por algum tempo. Nessa mesma época, a filosofia dominante, tanto para a igreja como para a comunidade acadêmica, era a filosofia kantiana. O objetivo principal deste trabalho é discutir qual a influência da filosofia kantiana na aceitação das Geometrias não-euclidianas. As conclusões indicam que houve influência da filosofia kantiana na aceitação das Geometrias não-euclidianas, no entanto, foi o ideal da Geometria Euclidiana que fez com que a comunidade matemática não aceitasse a existência das novas geometrias. As Geometrias não-euclidianas foram consideradas aberrações do conhecimento humano e permaneceram no obscuro da matemática até o momento que elas foram ao encontro dos novos discursos produzidos pela sociedade capitalista e foram utilizadas para refutar o apriorismo kantiano.
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