Conexões entre formação docente, neurociência e inclusão de estudantes cegos em escolas do Ensino Médio em Rio Branco - Acre
Palavras-chave:
Formação Inicial de Matemática. Deficiência Visual. Neurociência. Prática Pedagógica. Inclusão.Resumo
O caminho para formar professores de Matemática para a inclusão faz parte de uma pesquisa de doutorado defendida na Universidade Federal do Acre, em 2015, com o objetivo de identificar e utilizar espaços físicos, tempos, conceitos e práxis pedagógica mediada pelos processos cognitivos da reflexão, no contexto da Formação Inicial de Docentes de Matemática, com a possibilidade da construção de saberes para incluir cinco estudantes cegos em escolas de Ensino Médio, ao invés de sua simples integração escolar. Trata-se de uma pesquisa-ação colaborativa, com ciclos de planejamento, ação e avaliação/reflexão se sucedendo em três fases: diagnóstico, intervenção e avaliação. Como resultados, destacam-se: o desenvolvimento profissional da formadora por meio da pesquisa; a construção de saberes e identidade profissional de docentes em formação inicial; a mudança de paradigma passando de uma adaptação/integração de deficientes visuais para a efetiva inclusão em aulas de Matemática; a avaliação participativa de processos e produtos; no âmbito das escolas, tornou-se possível o diálogo sobre a inclusão e, das disciplinas de Práticas de Ensino de Matemática (UFAC), uma prática inserida na realidade escolar. A pesquisa aponta que há a necessidade de criar uma política universitária que implique mudanças no currículo da formação para que as disciplinas de inclusão constem como ofertas a partir do primeiro ano de curso e a formação de formadores para a educação na diversidade.