Tradução e adaptação de escala de ansiedade à matemática para Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
Palavras-chave:
Tradução, Adaptação, Língua brasileira de sinais, Ansiedade, Surdo, InclusãoResumo
Tradicionalmente, a aprendizagem da matemática configura-se sob uma representação negativa e, no Brasil, estudos vêm sendo realizados para a identificação de graus de ansiedade à matemática em estudantes da educação básica, com resultados que contribuem para os processos de ensino e aprendizagem e desempenho de alunos. Considerando-se o público surdo que usa a língua brasileira de sinais, Libras, este artigo apresenta a tradução e adaptação de uma escala de ansiedade à matemática, EAM (CARMO, 2008), para a Libras, tendo como foco a discussão e a análise do processo metodológico. A produção deste instrumento de pesquisa em língua de sinais, que tem projeção de aplicação nacional, se deu com embasamento teórico e metodológico nos conceitos da tradução intermodal (QUADROS; SEGALA, 2015) e da interposição profissional (NÓVOA, 2009, 2017). O processo de tradução e adaptação da EAM envolveu uma equipe de profissionais e dividiu-se em duas fases: a primeira que consistiu no estudo e preparação de uma primeira versão da EAM em Libras, e a segunda que, após a avaliação por juízes, visou à elaboração da versão final da escala para futura aplicação. Os resultados indicam que para um material traduzido equivalente ao original, mostra-se relevante o trabalho em equipe, envolvendo profissionais surdos e tradutores e intérpretes experientes, e que é necessário um olhar refinado sobre as questões linguísticas e de sentidos na língua-alvo. A escala em Libras favorece pesquisas, suas contribuições, assim como a discussão acerca da educação de surdos.