Análise Real na licenciatura: do pensamento abissal à ecologia de saberes.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37001/ripem.v11i2.2558

Palavras-chave:

Análise Real, Licenciatura Matemática, Pensamento Abissal, Ecologia de Saberes, Colonização Epistêmica

Resumo

Este trabalho apresenta uma discussão a cerca de reflexos da colonização epistêmica que rege nossa sociedade sobre o campo da educação matemática e da formação de professores, à luz da lógica do pensamento abissal e da ecologia de saberes propostas por Boaventura de Sousa Santos. Neste contexto, nosso foco se direciona para as disciplinas de Análise Real na Licenciatura.Adotamos uma abordagem cartográfica e, ecoando vozes registradas na literatura de pesquisa sobre o ensino de Análise, buscamos dar visibilidade a linhas que caracterizam o pensamento abissal. Agregandorelatos e reflexões sobre nossas vivências em projetos associados a disciplinas de Análise, buscamoscontribuir para a emergênciade configurações pedagógicas compatíveis com a ecologia de saberes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Batarce, M. S. (2003)Um contexto histórico para análise matemática para uma educação matemática. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exata.

Bioy Casares, A. (1953). La Invención de Morel.Buenos Aires, Argentina: Emecé Editores.

Bortoloti, R. D. M. (2003) Emoções que Emergem da Prática Avaliativa em Matemática. Dissertação de mestrado, Centro Pedagógico, Universidade Federal do Espírito Santo.

Diesel, B. W., França, I., & Pinto, N. B. (2008). Estruturalismo e Matemática Moderna: dilemas e implicações para o ensino. In: Nacional de Educação da PUCPR- EDUCERE e III Congresso Ibero-Americano sobre violências nas escolas - CIAVE- FORMAÇÃO DE PROFESSORES, Curitiba/Pr.

Ernest, P. (2004).Postmordernism and the Subject of Mathematics.In Walshaw, M. Mathematics Education whithin the Postmodern.Greenwich: IAP.

Giraldo, V., & Fernandes, F. S. (2020). Caravelas à Vista: Giros Decoloniais e Caminhos de Resistência na Formação de Professoras e Professores que Ensinam Matemática. Perspectivas Da Educação Matemática, 12(30), 467-501.

Gomes, D. O. (2013) A disciplina de análise segundo licenciados e professores de matemática da educação básica. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Gomes, D. O., Otero-Garcia, S. C., da Silva, L. D., &Baroni, R. L. S. (2015). Quatro ou Mais Pontos de Vista sobre o Ensino de Análise Matemática. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 29(53), 1242-1267.

Kastrup, V. (2007) A invenção de si e do mundo: uma introdução do tempo e do coletivo no estudo da cognição. Belo Horizonte: Autêntica.

Kastrup, V., & Passos, E. (2014). Cartografar é traçar um plano comum. In Passos, E., Kastrup, V., &Tedesco, S. Pistas do método da cartografia: experiência da pesquisa e o plano comum. Porto Alegre: Sulina.

Matos, D., & Quintaneiro, W. (2020). Lugares de Resistência na Formação Inicial de Professores: Por Matemática(s) Decoloniais. Perspectivas Da Educação Matemática, 12(30), 559-582.

Maturana, H.,& Varela, F. (1995). A árvore do conhecimento. Campinas, SP: Psy.

Meneses, M. P. (2018) Colonialismo como violência: a “missão civilizadora†de Portugal em Moçambique, Revista Crítica de Ciências Sociais, Número especial, 115-140.

Moreira, P. C. (2012). 3+1 e suas (In)Variantes(Reflexões sobre as possibilidades de uma novaestrutura curricular na Licenciatura emMatemática). Bolema: Boletim de Educação Matemática, 26(44), p. 1137-1150.

Moreira, P. C., Cury, H. N,.& Vianna, C. R. (2009). Por que análise real na licenciatura? Zetetiké, 13(1), 11-42.

Moreira, P. C., & Vianna, C. R. (2016). Por Que Análise Real na Licenciatura? Um Paralelo entre as Visões de Educadores Matemáticos e de Matemáticos. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 30(55), 515-534

Nunes, T.,Schliemann, A. D., &Carraher, D. W.(1986). Na Vida Dez, Na Escola Zero. São Paulo: Editora Cortez.

Otero-Garcia, S. C. (2011)Uma trajetória da disciplina de análise e um estado do conhecimento sobre seu ensino. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Otero-Garcia, S., Baroni, R.,& Martines, P. (2013). Uma trajetória da disciplina de Análise e o seu papel para a formação do professor de matemática. Educação Matemática Pesquisa : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, 15(3), 692-717.

Pais, A. (2009) The Tension between What Mathematics Education Should Be For and What It Is Actually For. In: Ernest, P.; Greer, B.; Sriraman, B. (Ed.). Critical Issues in Mathematics Education.Charlotte: Information Age Publishing, p. 53-60.

Passos, E.,& Eirado, A. (2009) Cartografia como dissolução do ponto de vista do observador. In: Passos, E.; Kastrup, V.; Escóssia, L. da (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina

Rangel, A. C.F. (2019).Análise Ativa na formação pedagógica dos professores de matemática: o olhar do licenciando. Monografia de conclusão de curso de graduação, Universidade Federal Fluminense.

Sagrado, A., Perez, R., &Lima, A. (2014)Quando sinto que já sei [Documentário], Despertar Filmes.

Santos, B. S. (2006). A gramática do tempo: para uma nova cultura política. Porto: Afrontamento.

Santos, B. de S. (2007). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos estudos CEBRAP, (79), 71-94.

Santos, B. de S. (2019). O fim do império cognitivo. Belo Horizonte: Autêntica.

Sodré, G. M. A. (2019).Análise Ativa na formação matemática dos professores: o olhar do licenciando. Monografia de conclusão de curso de graduação, Universidade Federal Fluminense.

Varela, F. (1994). Conhecer: As ciências cognitivas, Tendências e perspectivas. Lisboa: Instituto Piaget.

Varela, F., Thompson, E.,&Rosch, E. (2003) A mente incorporada. Porto Alegre: Artmed.

Publicado

2021-05-01

Como Citar

DYSMAN, A. M.; DYSMAN, F. C. Análise Real na licenciatura: do pensamento abissal à ecologia de saberes. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, v. 11, n. 2, p. 336-359, 1 maio 2021.

Edição

Seção

Artigos