Afetos na Cidade das Esmeraldas: algumas reflexões das alunas de Pedagogia sobre como sentem a Matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37001/ripem.v10i2.2175

Palavras-chave:

Afetos, Pedagogia, Matemática, Literatura, Formação de Professores

Resumo

Este artigo se propõe como uma retomada do caminho percorrido na construção da tese de doutoramento na qual foi feita a aproximação das personagens de Oz com os afetos em relação à Matemática. No estudo realizado sob um viés fenomenológico, a obra de Frank Baum deu vazão às categorias de análise elucidadas. A partir dos escritos de pedagogas em formação, no que tange aos afetos estabelecidos perante a Matemática, podemos identificar alguns arquétipos. As personagens Oz (Dorothy, Homem de Lata, Leão e Espantalho) emergiram ao longo das leituras como elementos potenciais na ilustração do que se mostrava quando tais acadêmicas escreviam sobre suas memórias e vivências acerca da Matemática. A visualização das nuances de Oz nos escritos se mostrou como uma possibilidade de metáfora e intertextualidade que rompia com a rigidez associada à própria disciplina. Também, foi o tônus para a percepção efetiva das diferentes perspectivas em que os afetos se direcionavam. Por fim, o que se pode perceber é que não há como separar a forma como estudamos, aprendemos e ensinamos Matemática da forma como nossos afetos são mobilizados, sendo estes potencializadores desta relação de ensino e aprendizagem.

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Publicado

2020-05-01

Como Citar

MAFFEI, L. DE Q.; SILVA, J. A. DA. Afetos na Cidade das Esmeraldas: algumas reflexões das alunas de Pedagogia sobre como sentem a Matemática. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, v. 10, n. 2, p. 120-136, 1 maio 2020.

Edição

Seção

Artigos