Aprendizagem Cooperativa no ensino de multiplicação e divisão no período pandêmico: uma análise através da Teoria Antropológica do Didático
DOI:
https://doi.org/10.56938/rceem.v3i8.4137Palavras-chave:
Aprendizagem Cooperativa, Ensino, Teoria Antropológica do DidáticoResumo
A presente pesquisa foi fruto de um projeto desenvolvido no período pandêmico, cenário ocasionada pelo vírus Sars-cov2 (COVID-19). Sabemos que o sistema educacional necessitou reinventar-se mais uma vez, através das aulas remotas, onde aplicamos a proposta aqui descrita. O principal objetivo deste trabalho foi realizar uma análise da Aprendizagem Cooperativa, através da Teoria Antropológica do Didático (TAD), direcionado aos conteúdos matemáticos de divisão e multiplicação, quais foram escolhidos conforme o desenvolvimento da aula do professor, no contexto do estágio supervisionado como continuidade da ementa proposta no bimestre. Desta forma, a metodologia foi de cunho qualitativo, desenvolvida com duas turmas de 8º ano de uma escola de Educação Básica no decorrer do estágio supervisionado III. Ademais, para o processo de aplicação, as duas turmas foram divididas em seis grupos, para que assim trabalhassem de forma cooperativa na resolução da atividade propiciando momentos de interação, através de um aplicativo de mensagens. Mediante aos estudos, notou-se o quanto se faz necessário abordar novas metodologias nas aulas, como no caso a aprendizagem cooperativa, que retrata a cooperação entre os discentes, possibilitando um trabalho em equipe que auxilie no protagonismo e no conhecimento acerca dos conteúdos estudados. Nesta perspectiva, sob o olhar da TAD, percebemos que foi possível que os alunos desenvolvessem diversas técnicas para resolução, obtendo-se os resultados esperado das questões apresentadas, além disso notamos que os discentes estão acostumados a desenvolverem as técnicas mais comuns de resoluções tanto para a multiplicação, como também a divisão.
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