Educação matemática inventiva: a robótica como dispositivo provocador da aprendizagem em geometria

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56938/rceem.v1i2.3149

Palavras-chave:

Formação inventiva de professores, Aprendizagem inventiva, Residência pedagógica, Ensino remoto, Tecnologia educacional

Resumo

O presente artigo discorre a respeito do uso da robótica em tempos de distanciamento social provocado pela covid-19. Nesta pesquisa teve como objetivo usar a robótica como dispositivo provocador da aprendizagem de conceitos geométricos, com quatro turmas de alunos do 9º (nono) ano, do Ensino Fundamental do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CPMG) – Pedro Ludovico, no munício de Quirinópolis-GO. Nossas ações e práticas foram produzidas no espaço-tempo do Programa Federal Residência Pedagógica – CAPES, durante a construção e a programação de um robô seguidor de linha capaz de se deslocar por uma maquete que construímos e denominamos como mundo inventivo. Após essa etapa produzimos um vídeo e alguns problemas inventivos relacionados ao mesmo, ambos usados, para compor nossa Proposta de Aprendizagem com o Uso da Robótica, que foi produzida de forma colaborativa e compartilhada com os alunos por meio da plataforma digital Google Meet, durante o projeto de extensão “Matemática com Robótica”, do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Câmpus Quirinópolis. Os dados produzidos foram cartografados segundo a metodologia proposta por Passos, Kastrup & Escóssia (2015), e analisados durante o projeto de pesquisa “EMIR: Educação Matemática Inventiva com Robótica”, com base teórica nas concepções de Educação Matemática Inventiva (Silva & Souza Jr, 2019, 2020a, 2020b). Diagnosticamos que os residentes pedagógicos utilizaram o Robô Seguidor de Linha como um dispositivo na invenção de problemas e concomitantemente para a invenção de mundos. Nesse trabalho apresentamos o estudo de dois cenários de aprendizagem materializados em maquetes, onde os mesmos foram explorados remotamente com alunos da educação básica.

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Biografia do Autor

Gabriel Freitas, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Gabriel A. Freitas é Mestrando em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Realizou o curso de graduação de Licenciatura em Matemática (2018) do Campus Sudoeste - Sede Quirinópolis; e Especialização em Metodologia do Ensino da Matemática (2019) pela Faculdade de Educação São Luís (FESL). Atualmente é Coordenador Pedagógico e Prof. Regente (Matemática) da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc/GO); é professor/tutor do curso de GeoGebra a distância (via internet) promovido pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Campus de Apucarana. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: Nupeme (Núcleo de Pesquisa em Mídias na Educação) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); CluMat (Clube de Matemática) e Emir (Educação Matemática Inventiva com Robótica) ambos pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Tem interesse e experiência nas áreas de Matemática, com ênfase nas TDIC - Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Matemática Inventiva; Educação Maker; Educação Matemática; Formação de Professores; Informática e Ensino; Aprendizagem Criativa; Movimento Maker; Softwares Educacionais; Objetos de Aprendizagem; Gamificação; Robótica Educacional; Pensamento Computacional; Modelagem Matemática; e Cultura Digital. E-mail: gblfreitas@ufu.br

Marcos Roberto Silva, Universidade Estadual de Goiás - UEG

Docente da Universidade Estadual de Goiás (UEG) no curso de Licenciatura em Matemática do Câmpus Sudoeste - Sede Quirinópolis. Pós-doutorado em Educação, Processos Formativos e Desigualdades Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ. Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), na linha de Educação em Ciências e Matemática. Mestrado em Educação para Ciências e Matemática, pelo Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás. Graduado em Ciências- Licenciatura Plena em Matemática, pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) Câmpus Sudoeste - Sede Quirinópolis. Especialização em Matemática e Estatística pela Universidade de Rio Verde (UNIRV). Tem experiência como professor de Matemática na Educação Básica desde 2002 e no Ensino Superior desde 2011. É coordenador do subprojeto do Programa Federal de Residência Pedagógica (Bolsista ?CAPES) na UEG-Câmpus Sudoeste, Sede Quirinópolis . É pesquisador integrante do grupo de pesquisa NUPEME, na linha de robótica educacional. Desenvolve pesquisas, projetos de extensão e materiais didáticos com o uso de robótica na perspectiva da Educação Matemática Inventiva fruto de sua tese de doutorado.

Arlindo José Souza Júnior, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Realizou o curso de graduação de Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - Campus São José do Rio Preto); mestrado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - Campus Rio Claro) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é professor titular da Universidade Federal de Uberlândia (UFU - Campus Uberlândia). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: saberes docentes, educação popular e cultura digital.

Referências

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Publicado

2022-08-02

Como Citar

FREITAS, G.; SILVA, M. R.; SOUZA JÚNIOR, A. J. Educação matemática inventiva: a robótica como dispositivo provocador da aprendizagem em geometria. Revista Cearense de Educação Matemática, v. 1, n. 2, p. 1-17, 2 ago. 2022.