A fala e o registro de representação de jovens e adultos ao solucionarem problemas de proporção-porcentagem
Resumo
Este trabalho é parte de um estudo mais amplo e tem como objetivo analisar os conhecimentos de proporção-porcentagem expressos nas falas e/ou notações de alunos, ao solucionarem problemas clássicos de proporção-porcentagem que versam sobre questões relativas ao cálculo de salário. Para a realização da pesquisa, adaptamos sete problemas propostos por Damm (1998). Numa seção de entrevista continuamente gravada em vídeo, e depois transcrita, solicitamos que uma dupla de alunos do de 3º Ciclo do curso de Educação de Jovens e Adultos da Universidade Vale do Itajaí solucionasse os problemas. Os critérios para a análise dos dados foram inspirados nas teorias dos campos conceituais, proposta por Vergnaud (1983; 1990), dos registros de representação semiótica, proposta por Duval (1993; 1995), e na pesquisa realizada por Vizolli (2001). Os resultados indicam que os participantes utilizam registros de representação semiótica: escrita alfabética, numéricos, tabelas de proporcionalidade, aritméticos, e tomam como referência conhecimentos da vida prática. Isso nos permite dizer que os participantes compreendem parcialmente o conceito de proporção-porcentagem.