Estudantes e seus jogos de linguagem em aulas de matemática: uma análise das experiências de si
DOI:
https://doi.org/10.37001/emr.v0i0.1959Resumo
Esse artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado sobre currículo escolar e cotidiano, realizada com vinte e um estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública da periferia do município de Pelotas-RS. A pesquisa, de cunho qualitativo, apresenta pressupostos etnográficos e teve como objetivo construir uma experiência educativa para o currículo da Matemática escolar, priorizando a cultura dos/as estudantes. Utilizamos a expressão experiência educativa no sentido adotado por Jorge Larrosa, referindo-se aquilo que possibilita reflexão do sujeito sobre ele mesmo ou sobre o conhecimento. Para a produção dessa experiência nos inspiramos em teorizações etnomatemáticas, por entender que os fundamentos dessa perspectiva estão pautados no reconhecimento da diversidade de pensar e fazer matemática. Buscamos também no pensamento de Michel de Certeau e na fase de maturidade de Ludwig Wittgenstein, especificamente na concepção de jogos de linguagem, ferramentas para discutir a parte empírica da pesquisa. As identidades formadas no currículo escolar sinalizam experiências de autoexpressão, adequação aos jogos de linguagem dominantes e de assimetria de saber.