EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DEFICIÊNCIA VISUAL: alguns resultados de pesquisa no Projeto OBEDUC em rede UFMS/UEPB/UFAL
Resumo
Apesar dos sabidos avanços nas políticas social e educacional brasileiras sobre inclusão e processos de inclusão ainda enfrentamos problemas em nossa sociedade, e em nossas escolas, com relação à referida questão. Por esta razão, uma das equipes do Núcleo UEPB do Projeto Observatório da Educação OBEDUC em rede UFMS/UEPB/UFAL voltou-se para a educação matemática inclusiva. Apresentamos neste artigo três das cinco pesquisas desenvolvidas, as quais, baseando-se em uma proposta didática elaborada por cinco membros da Equipe Educação Matemática e Deficiência Visual do Projeto OBEDUC Núcleo UEPB sobre conteúdos matemáticos, aplicada a vinte e três alunos cegos e de baixa visão de uma escola pública na cidade de Campina Grande, Paraíba, dizem respeito a saberes docentes de seis professores de Matemática sobre prática inclusiva e utilização de materiais manipuláveis em sala de aula, utilização do Jogo da Velha em tamanho ampliado com peças adaptadas como possibilidade de se trabalhar conceitos geométricos, e noção de planificação de sólidos com a utilização de materiais manipuláveis adaptados. De abordagem qualitativa, as pesquisas mostraram lacunas no conhecimento docente sobre a utilização do Braille e manipulação de materiais. Por outro lado, as pesquisas mostraram que a utilização do Jogo da Velha como material manipulável melhorou a compreensão de conceitos geométricos pelos alunos cegos, de baixa visão e videntes, assim como a planificação de sólidos geométricos evidenciou a capacidade dos alunos de aprender e desenvolver o conhecimento matemático de acordo com o proporcionado a cada um deles.