O NÃO USO DE CALCULADORAS EM AULAS DE MATEMÁTICA: UMA QUESTÃO DE FORMAÇÃO
Resumo
Nosso trabalho de pesquisa foi fruto de um projeto maior do Programa Observatório da Educação OBEDUC/Edital 2012 da CAPES, intitulado Práticas colaborativas voltadas ao ensino e aprendizagem matemática da educação básica nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. O mesmo foirealizadoem uma escola da rede pública de ensino da Cidade de Campina Grande, Paraíba. Objetivamos identificar os saberes docentes sobre o uso de calculadoras em aulas de Matemática por quatro professores participantes. A pesquisa foi de natureza qualitativa, em que utilizamos questionários, notas de campo, entrevistas, proposta didática, fotos e audiovisual. Apoiamo-nos nas ideias de saberes docente, por Tardif, para análise de nossos dados. A partir dos resultados, podemos afirmar que os quatro professores de Matemática participantes não possuem articulação entre os saberes de formação inicial, saberes curriculares, saberes disciplinares e saberes experienciais, no que se diz respeito ao uso de calculadoras em sala de aula. Destacamos que os quatro professores participantes reconhecem a importância do trabalho com calculadoras em determinados conteúdos matemáticos, mas a maioria deles não faz uso desse recurso em suas aulas por desconhecerem formas adequadas para sua utilização, o que implica a prováveis lacunas em suas formações. Todo saber implica em um processo de aprendizagem e de formação, e, quanto mais desenvolvidos, formalizados e sistematizados estes, mais ocorrem processos de ensino e aprendizagem adequados e eficazes. Concluímos, com a finalização de nosso trabalho de pesquisa, a extrema e urgente necessidade de se trabalhar o uso de calculadoras ainda na formação inicial do professor de Matemática.