APRENDER FÍSICA, BIOLOGIA, QUÍMICA E MATEMÁTICA COM BIG DATA
Resumo
Vivemos num universo digital que, em 2010, atravessou a marca de um zettabyte de dados. Essa enorme quantidade de dados, processada em computadores extremamente velozes, com técnicas otimizadas, permite encontrar insights em novos e emergentes tipos de dados e conteúdos, para responder a perguntas que foram anteriormente consideradas fora de nosso alcance. Essa é a ideia de Big Data. Tal como aconteceu com os PC’s, a Internet e a comunicação móvel, nós, como indivíduos, seremos capazes de fazer mais com nossos próprios dados do que as grandes empresas, tão logo nos sejam disponibilizadas ferramentas acessíveis, tais como várias que estamos vendo surgir. A empresa Google disponibiliza ao público a ferramenta de análise Google Correlate que, para um termo de busca ou uma série de dados temporais ou regionais, fornece uma lista das consultas no Google cujas frequências seguem padrões que melhor se correlacionam com os dados, segundo o coeficiente de determinação R2. Naturalmente, “correlação não implica em causação”; no entanto, acreditamos haver um potencial nestas ferramentas de Big Data para encontrar correlações inesperadas, e até inusitadas, que poderão servir de pistas para fenômenos interessantes, do ponto de vista pedagógico e até científico. Neste trabalho, apresentamos alguns exemplos de possibilidades de aplicação de uma proposta didática para a utilização de Big Data no Ensino de Física, Biologia, Química e Matemática, tendo, como mediadores, o computador e ferramentas públicas e gratuitas de Big Data, tais como o Google Correlate.