ATA DA SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA DO
CONSELHO NACIONAL DELIBERATIVO - CND
Aos dias 16 e 17 de março de 2002, nas dependências da PUC/SP, à rua Marquês de
Paranaguá, 111, em São Paulo, foi realizada a segunda reunião ordinária do
Conselho Nacional Deliberativo - CND, convocada pela presente gestão da DNE.
Estavam presentes os membros da Diretoria da DNE professora Célia Maria Carolino
Pires, professora Mônica Rabello de Castro, professora Regina Maria Pavanello,
professor Wagner Rodrigues Valente, professor Adriano Pedrosa de Almeida,
professora Edda Curi, professor Armindo Cassol.
Representando as DRs, compareceram os professores José Carlos Pinto Leivas (RS),
Lúcia Maria A. Villela, Estela Kaufman Fainguelernt e Pedro Carlos Pereira (RJ),
Denise Trindade Moreira (PR), Paulo Figueiredo Lima (PE), Marilena Bittar (MS),
Tânia L. A. de Noronha (MG), Cristiano Alberto Muniz (DF), Marcos Luiz Lourenço
(SP), Zaira da Cunha Melo Vazio (GO), Inês Rogovski (SC), Roseane Sobrinho Braga
(ES), Rômulo Marinho do Rego (PB), Telma Alves de Oliveira (SE), Maria Gilvanise
de Oliveira Pontes (CE) Cheila Vasconcelos (AL).
Da pauta da reunião constavam os seguintes itens: (1) Expediente: Leitura da ata
da reunião anterior; Novas participações no CND; Cronograma do envio das novas
edições de Educação Matemática em Revista; Reedição da EMR nº 1, Livro do SIPEM,
CD do VII ENEM; Boletos de pagamento; (2) andamento dos Grupos de Trabalho e da
Coleção em parceria com a UnB; Revista de Pesquisa; (3) Fórum de licenciaturas -
fóruns regionais, agenda, fórum nacional, EMR edição especial; (4) Notícias das
regionais e elaboração do cronograma de eventos destas em 2002; (5) Balanço das
filiações e pagamentos; carteirinha para os associados pagantes de 2002; (6)
Dinamização do site da SBEM: artigos, sugestões de atividades para a sala de
aula; (7) intercâmbio com a APM de Portugal; (8) Diversos.
Lida e aprovada a ata da reunião anterior, a presidente da SBEM, profª Célia,
comunicou que o projeto enviado para o CNPq não havia sido julgado pelo fato de
não ter chegado até o referido órgão.
Comunicou também as novas participações no CND, de representantes do Ceará, de
Sergipe e Alagoas.
Avisou que os boletos de pagamento começarão a ser enviados em abril para
pagamento até junho, via Banespa, pagável em qualquer banco até o vencimento,
tendo o custo ficado em R$ 2,00 por anuidade paga, incluindo o correio.
Quanto às novas edições da Educação Matemática em Revista, comunicou que a nº 11
estará sendo enviada a partir de 18/03, estando previsto o envio da nº 12 para
15/06 e a da nº 13 a partir de 15/09. Passou a palavra em seguida para os
coordenadores dos GTs para as informações sobre o andamento dos trabalhos e da
compilação dos livros para a coleção a ser editada em convênio com a UnB. ü.
O prof Cristiano disse da dificuldade de contatar a EdUnB durante a greve, mas
que, com o fim desta, foi feito contato com a direção da editora, que já indicou
um editor para se responsabilizar pela coleção, que é da SBEM (foi fechado este
conceito) e terá inicialmente 12 volumes, com tiragem de 10 000 exemplares.
Como se pensa em um volume por GT, enfatizou que a coleção fica na dependência
da produção dos GTs.
Lembrou que devido á greve das universidades federais, o balanço das editoras
universitárias está no negativo, o que está causando alguma dificuldade para a
consecução de recursos para a publicação.
Enfatizou a necessidade de a) resolver a questão monetária, isto é, qual será a
parte da SBEM na publicação; b) definir o papel das editoras universitárias
parceiras nessa publicação;
c) a SBEM preparar e enviar o projeto para financiamento da coleção para os
órgãos competentes.
A profª Estela lembrou que existe um livro de Malba Tahan (Didática da
matemática), muito atual, e que, caso houvesse interesse, seria possível
procurar a família do autor.
A profª Célia disse da necessidade de se discutir, antes de tudo, a própria
concepção da coleção.
Por isso, a primeira incumbência para os GTs seria a discussão do "estado da
arte" dentro de cada um deles. .
Embora cada um funcione de uma maneira, o conteúdo de cada volume deve ser
pensado a partir de certos critérios, de modo a buscar um equilíbrio entre eles.
Como surgiu a questão dos direitos autorais, se eles seriam ou não cedidos pelos
autores à SBEM, a profª Célia concluiu que é importante discutir melhor esta
questão e, depois, elaborar um projeto completo sobre a tramitação, contrato,
etc.
Em seguida passou-se ao item (2) da pauta, o andamento do trabelho dos GTs,
tendo cada GT informado o andamento do seu trabalho.
O GT1 tem a entrega de um volume coletivo programada para julho e um outro em
setembro (individual).
O GT2 está com o trabalho atrasado. .
Segundo a profª Célia há uma proposta de fusão dele com o GT3, uma vez que,
conforme a profª Maria Inês os trabalhos deste último não eram específicos.
Houve uma discussão sobre a propriedade de se fazer esta fusão dada a
especificidade do Ensino Médio, mesmo tendo as diretrizes do MEC para esse nível
da escolarização indicarem que a escola básica deva ser pensada como um todo.
A profª Edna, do GT3, salienta que talvez a questão do grupo seja a de
amadurecer mais as discussões internas.
A profª Célia assinala a duplicidade sempre existente nas decisões do grupo:
finalidade do GT e a da publicação. Outra questão, segundo ela, é a intersecção
entre os grupos, que sempre irá existir, qualquer que seja a divisão que se
faça. .
Por isso, continua, a importância de definir critérios para se ter uma visão
clara da área a que cada pesquisa deverá se incorporar.
Mônica pensa que as especificidades devem ser levadas em conta e acha prematuro
decidir quando as discussões ainda não chegaram a conclusões, á definição de
critérios.
Insiste que a temática existe e que deve ser levada em consideração.
Ana Paula acha difícil coordenar os diferentes objetivos que estão sendo
colocados para o trabalho dos Grupos.
Crê que a finalidade dos GTs é a pesquisa, embora esta possa interessar o
professor.
Mônica ressalva que há uma revista destinada à pesquisa, mas que a coleção com a
UnB é direcionada para o professor, colocando-o em contato com as pesquisas que
estão sendo feitas.
Cassol salienta que o professor do Ensino Médio tem um perfil de
auto-suficiência, tornando-o mais difícil de ser sensibilizado, motivo pelo qual
propõe a manutenção dos dois grupos, separados, sugestão que foi aceita pela
maioria.
A coordenadora do GT4, profª Cristina, acha serem necessários mais
esclarecimentos sobre a coleção.
Além disso, ressalta a necessidade de uma maior integração entre os GTs 3 e 4
para que o professor do ensino superior conheça melhor o que acontece na
educação básica.
O Prof. Wagner, do GT5, diz que há necessidade de rever alguns textos
considerados clássicos para republicação, talvez com algumas considerações,
atualizações dos mesmos. .
O GT6 tem interagido com freqüência relativa, Depois do ENEM, os coordenadores
decidiram escrever um artigo em conjunto.
Há um projeto de organizar um site e algumas atividades com o objetivo de fazer
o "estado da arte".
O representante do grupo presente acredita que agora seria interessante reunir
os membros do GT a fim de verificar se é possível fazer uma publicação com a
finalidade da coleção.
Quanto ao GT9, Edna relata a existência de poucos participantes (12) no SIPEM e
de apenas 7 no ENEM.
Há um projeto de divulgar o GT no ENDIPE e aglutinar alguns artigos para a
coleção, sendo a previsão para daqui a 6 meses.
Em relação ao GT12, Clayde ressalta que ele tem uma trajetória diferente dos
demais, tendo sido criado pouco tempo antes do ENEM.
Neste encontro havia apenas 4 pesquisadores, embora haja mais umas 10 pessoas
que se dedicam a esse tema.
A presença de mais de 50 professores dos diferentes níveis do ensino na reunião
ocorrida durante o ENEM mostra a necessidade de um trabalho mais vinculado à
escola.
Mas somente agora é que ela tem consciência do que se espera do GT.
Embora haja material, não sabe para quando será possível apresentar um volume
para publicação.
Ao fim dos informes dos Grupos, Célia conclui que há questões a considerar: 1º)
consenso na manutenção dos GTs; 2º) a divulgação dos GTs é insuficiente para o
envio de trabalhos, o que pode ser feito voa site da SBEM (link para os GTs);
3º) os eventos dos GTs são livres; 4º) há necessidade urgente de organizar uma
comissão para discutir melhor o contrato com a UnB e para delinear as diretrizes
para a publicação há necessidade de os grupos idéias sobre o que deve ser feito
em relação a autoria, por exemplo.
Pergunta se há cordo quanto a esse encaminhamento.
Mônica considera que a DNE deve coordenar (centralizar) a discussão sobre as
diretrizes para a coleção e sobre o contrato.
Uma vez elaborado o documento, este deverá ser colocado na lista da SBEM para
discussão.
Os GTs enviam sugestões que são discutidas na página da SBEM.
Célia lembra que outra coisa a ser avaliada são os pedidos para colocar textos
na página da SBEM.
Cristiano propõe a formação de uma comissão para elaborar projetos para a
obtenção de fundos para custear a~s publicações, como o do INEP, centralizando a
discussão na SBEM.
A proposta foi aceita, tendo sido indicados os professores Wagner, Cristiano,
Célia Mônica e Cassol para integrá-la, sendo as questões a serem estudadas o
contrato para a coleção, as diretrizes para as publicações e a captação de
recursos.
Decidiu-se que haverá um link da página da SBEM com informes sobre a discussão.
Ainda em relação às publicações, Célia ressaltou a dificuldade de fechamento das
revistas devido ao número exíguo de consultores e apontou que a solução para o
problema seria a nomeação de consultores ad hoc, para o que, de acordo com o
prof. Paulo, não há proibição nos Estatutos.
Mônica propõe que para cada trabalho sejam indicados um consultor fixo e um ad
hoc.
As propostas foram aceitas. Quanto ao item (3) da pauta, o fórum da
licenciatura, os representantes das regionais forneceram as datas em que deverão
ser realizados os encontros regionais.
As datas previstas para os encontros são: (RJ) 26/5; (RS) 3 e 4/5; (ES) 19/4 3
23/5; (PE) fim de maio, (PR) final de junho; (SC) sem definição ainda pois a
nova diretoria acabou de assumir; (PB) há uma discussão correndo para ver se faz
um encontro estadual ou faz junto com PE; (MS) junho; (MG) 24 e 25/4; (SP) ainda
vai planejar quando será feito o encontro regional; (DF) a reunião será feita
com representantes da UnB e de 3 particulares, mas ainda não houve resposta dos
professores de matemática das licenciaturas; (GO) junho. .
Célia enfatiza a necessidade de planejar imediatamente o Fórum Nacional.
Dados os encontros regionais que estão sendo realizados neste ano, foi proposto
que este fosse realizado na época da próxima reunião do CND, no final de agosto,
o que foi acatado.
O encontro seria realizado na 6ª e no sábado e a reunião do CND ficaria apenas
no domingo.
Inicialmente se propôs que para o encontro viesse um representante por Estado,
cujo nome seria encaminhado para a comissão organizadora do Fórum Nacional até
julho, juntamente com o resultado dos debates ocorridos.
Rômulo v~e necessidade de trazer também para a reunião um representante dos
professores da Educação que trabalham nas licenciaturas.
Paulo sugere que cada regional deveria vir o representante da DR mais 4
professores: 1 da matemática, 1 da Educação, 1 da Prática e o Coordenador
Pedagógico. Célia concorda que nos estados que têm mais sócios seria possível
trazer mais pessoas.
Acrescentou que para as reuniões deveria haver algumas questões para direcionar
o debate e, deste modo, agilizar a síntese. Foi lembrada a necessidade de
socializar discussões sobre os estrangulamentos existentes nas licenciaturas,
bem como deixar clara a nova concepção de Prática veiculada nos documentos
oficiais.
Estela lembra a questão do provão e Célia ressalta o interesse de começarmos a
discutir suas diretrizes, principalmente porque há uma maior concentração nas
questões relacionadas apenas à matemática e as que versam sobre educação
matemática, quando existe, nem sempre são substanciais.
Acha, portanto, que a SBEM deve começar a se posicionar sobre esta questão.
Mônica sublinha que, ao falar sobre licenciatura, temos que pensar na formação
do formador, o que nos leva à necessidade de estabelecer diretrizes para isso.
Não basta conhecer os documentos, é necessário deixar nosso ponto de vista como
educadores matemáticos bem claro, bem determinado, no espírito com que a SBEM
foi criada. Foram discutidas as questões que deveriam nortear os debates e
chegou-se às seguintes: a) quais as competências profissionais de um professor
de matemática?
b) como promover o desenvolvimento dessas competências? Mediante que componentes
matemáticos?
c) quais os conhecimentos necessários para o professor desempenhar
convenientemente sua atividade profissional?
d) Qual a concepção de matemática e de educação deve embasar esta formação?
Para os debates será enviado um número especial de Educação Matemática em
Revista, com artigos sobre a licenciatura de matemática.
O encaminhamento final de Célia nesse item é o de que todos os membros da
Nacional comecem a analisar o provão. No dia 17, reunião começou com os repasses
para as DRs.
Edda comenta da necessidade ainda de rever as inscrições da SBEM porque nem
todos receberam correspondência. Pede o envio do nome das pessoas para verificar
se foram ou não cadastradas.
Com relação às carteirinhas para associados pagantes de 2001, elas serão feitas
pela SBEM e repassadas para as regionais com uma etiqueta (selo) comprovando o
pagamento da anuidade.
Para os anos seguintes, será enviado apenas o selo referente ao ano do
pagamento.
Um outro assunto tratado foi o de que a receita não comporta, neste momento, que
se pague a ida dos membros da direção nacional para as DRs, mesmo que se ache
importante a presença destes nos encontros regionais.
Há a necessidade de conseguir financiamentos para este fim. Foi pedido às DRs
que enviem à DNE uma prestação de contas semestral justificando, com o número
dos documentos, as despesas efetuadas, a data final da entrega sendo em 30/06 e
30/12.
Quanto ao site da SBEM, a produção do ENEM em html será colocada nele, à
disposição dos interessados.
Wagner vê a necessidade de uma comissão específica para cuidar do site e de uma
pessoa para tratar dele exclusivamente.
Mônica aparteia que, como o dinheiro da entidade só começa a entrar em
abril/maio, somente a partir de agosto será possível tratar melhor desta
questão. .
Pede que, quem tiver coisas para o site, mandar até agosto. Célia salientou
novamente que as demandas com relação à EMR é a de artigos sobre a sala de aula
e de bibliografia sobre certos temas.
Com relação ao item (7), o intercâmbio com a APM, Célia diz que o João Pedro
propôs elaborar um projeto de intercâmbio entre a SBEM e a APM. Há, pois,
necessidade de pensar a forma de faze-lo.
Também a Sociedade de educação matemática de Cuba quer contato e intercâmbio com
a SBEM. Ao final da reunião, voltou-se novamente a discutir as questões a serem
discutidas no Fórum das licenciaturas.
Estabeleceram-se as seguintes: - Qual deve ser a identidade de um curso de
licenciatura em matemática? - Quais as conexões que podem ser estabelecidas
entre as disciplinas e as atividades curriculares? - Além das competências
gerais de um professor, que competências específicas devem ser constituídas para
um professor de matemática? - Qual deve ser o perfil e formação dos docentes do
curso de licenciatura em matemática? - Os conteúdos de formação básica devem ser
tratados nos cursos de licenciatura.
Com quais características? Acredita-se que, uma vez delineadas essas diretrizes,
outras políticas de formação de professores devem ser pontuadas.
Abordou-se em seguida na reunião a questão dos Anais do ENEM. A sugestão era a
de que seriam enviados CDs para todos os participantes e mais a publicação
impressa para os que apresentaram trabalhos (autores).
Após discussão decidiu-se por inverter a ordem tendo em vista que o projeto da
FAPERJ incluía o preço do envio pelo correio. Quanto aos informes para o Boletim
da SBEM, estes devem ser enviados até o dia 30/4.
Com relação à revista de pesquisa foi esclarecido que as agências de fomento só
concedem verba em cima de revistas prontas.
O Prof. Wagner informa que o primeiro número deve contar com o patrocínio da
SBEM e que há necessidade de uma publicação deste tipo para o intercâmbio.
A profª Célia assinala a necessidade de articulação entre a revista e os GTs,
que devem indicar alguns autores internacionais para a revista.
Lembrou que esta tem que ter os padrões de uma revista de pesquisa. Enfatizou
também a necessidade de elaborar um projeto editorial e coloca-lo no site.
O último assunto tratado foi a realização do próximo SIPEM, que deverá ocorrer,
em princípio, no período de 22 a 25/10/2003, isto se não houver outro evento já
marcado para esse período.
O local ainda está em aberto. nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a
reunião, da qual eu, Regina Maria Pavanello, 1ª Secretária, lavrei a presente
ata.